quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

A obra poética de Fernando Pessoa - A obra ortónima

(imagem retirada da internet)

A obra ortónima

A obra ortónima de Pessoa passou por diferentes fases, mas envolve basicamente a procura de um certo patriotismo perdido, através de uma atitude sebastianista reinventada. O ortónimo foi profundamente influenciado, em vários momentos, por doutrinas religiosas (como a teosofia) e sociedades secretas (como a Maçonaria). A poesia resultante tem um certo ar mítico, heróico (quase épico, mas não na acepção original do termo) e por vezes trágico. Pessoa é um poeta universal, na medida em que nos foi dando, mesmo com contradições, uma visão simultaneamente múltipla e unitária da vida. Uma explicação para a criação dos três principais heterónimos e o semi-heterónimo Bernardo Soares, reside nas várias formas que tinha de olhar o mundo, apoiando-se no racionalismo e pensamento oriental.

O ortónimo é considerado, só por si, como simbolista e modernista pela evanescência, indefinição e insatisfação, bem como pela inovação praticada através de diversas sendas de formulação do discurso poético (sensacionalismo, paulismo, interseccionismo, etc.). 

Fernando Pessoa foi marcado também pela poesia musical e subjectiva, voltada essencialmente para a metalinguagem e os temas relativos a Portugal, como o sebastianismo presente na principal obra de "Pessoa ele-mesmo", Mensagem, uma coletânea de poemas sobre as grandes personagens históricos portugueses. Publicado em 1934, apenas um ano antes da morte do autor, este foi o único livro de Fernando Pessoa em Língua Portuguesa editado em vida. Foi contemplado com o Prémio Antero de Quental, na categoria de «poema ou poesia solta», do Secretariado da Propaganda Nacional(SPN). 

Imagem retirada AQUI

Mensagem é um livro do poeta português Fernando Pessoa, publicado ainda em vida. Composto por 44 poemas, foi chamado pelo poeta de "livro pequeno de poemas". Publicado em 1934 pela Parceria António Maria Pereira, o livro foi contemplado no mesmo ano com o Prémio Antero de Quental, na categoria de «poema ou poesia solta», do Secretariado da Propaganda Nacional, dirigido por António Ferro, o jovem editor da Orpheu, revista trimestral de literatura, de que saíram dois números em 1915. 

Publicada apenas um ano antes da morte do autor, a obra trata do glorioso passado de Portugal de forma apologética e tenta encontrar um sentido para a antiga grandeza e a decadência existente na época em que o livro foi escrito. Glorifica acima de tudo o estilo camoniano e o valor simbólico dos heróis do passado, como os Descobrimentos portugueses. É apontando as virtudes portuguesas que Fernando Pessoa acredita que o país deva se "regenerar", ou seja, tornar-se grande como foi no passado através da valorização cultural da nação. O poema mais famoso do livro é Mar Português. 

Créditos: wikipedia

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