sexta-feira, 28 de outubro de 2011

As birras são saudáveis?

Imagem retirada AQUI

As birras nas crianças são comuns, necessárias e até salutares. Muito mais do que um constante medir de forças com os pais, a birra é uma necessidade fisiológica, explica Mário Cordeiro no “Grande Livro dos Medos e das Birras”, da Esfera dos Livros.

“A birra é o que nos faz humanos”, sintetiza Mário Cordeiro, médico pediatra autor de vários livros sobre o desenvolvimento das crianças. São o resultado da frustração das crianças por verem goradas vontades férreas e só possíveis num Mundo que, na cabeça dos mais pequenos, tem ainda de mágico.

“A realidade nunca é o que se espera e muitas vezes fica aquém daquilo que se deseja”, explicou o pediatra ao JN. “As crianças chegam aos nove meses num crescendo de desenvolvimento, acham-se únicos e acima do céu. Estão na fase narcísica”, ilustra Mário Cordeiro, para explicar que é a partir desta fase que os pais devem começar a impor limites, ensinando-os a valorizar o que têm e a relativizar o que não podem ter. “É preciso dizer que não”, sublinha o médico.

Em “O Grande Livro dos Medos e das Birras”, Mário Cordeiro aconselha, num registo prático e directo, estratégias para dirimirem os “não”, os “agora não” e os “tem de ser” na origem da maioria das perrices. “O 'não' não tem de ser dito de um modo seco e humilhante, pode e deve ser explicado”, assegura Mário Cordeiro, que nas páginas do novo livro antecipa visitas da Dona Birra na hora de vestir, de dormir, de comer, nos transportes, em férias ou na escola.

Dicas para fazer frente à birra:
- Mantenha-se calmo;
- Leve a criança para um local onde possa dar-lhe apoio e conversar sem outras pessoas a comentar ou a dar palpites sobre o que fazer;
- Diga à criança que gosta dela e ela é querida, embora o comportamento esteja a ser duvidoso;
- Explique calmamente que aguarda que ela se acalme, se necessário conte até um determinado número e espere que até lá tudo esteja resolvido.

Créditos: em letra miúda 

MEIO CRESCENTE - Ideias em movimento!

Sem comentários:

Enviar um comentário