quarta-feira, 19 de outubro de 2011

LIVROS: novidades para o mês de outubro

(imagem retirada da internet)

“Claraboia” de José Saramago (Caminho). O romance que o Prémio Nobel da Literatura português terminou no dia 5 de Janeiro de 1953, assinado com o pseudónimo Honorato, mas nunca foi publicado tendo ficado perdido nos arquivos da antiga Editorial Notícias. É a história de um edifício com seis inquilinos.

“O Retorno” de Dulce Maria Cardoso (Tinta da China). “1975. Luanda. A descolonização instiga ódios e guerras. Os brancos debandam e em poucos meses chegam a Portugal mais de meio milhão de pessoas. O processo revolucionário está no seu auge e os retornados são recebidos com desconfiança e hostilidade. Muitos não têm para onde ir nem do que viver. Rui tem quinze anos e é um deles. 1975. Lisboa. Durante mais de um ano, Rui e a família vivem num quarto de hotel de 5 estrelas a abarrotar de retornados – um improvável purgatório sem salvação garantida que se degrada de dia para dia. A adolescência torna-se uma espera assustada pela idade adulta: aprender o desespero e a raiva, reaprender o amor, inventar a esperança. África sempre presente mas cada vez mais longe.” Este romance inaugura a colecção de ficção da Tinta da China.

“A Confissão da Leoa”, o novo romance de Mia Couto (Caminho).

“Os Profetas”, de Alice Vieira (Caminho). É um romance para adultos da conhecida escritora de literatura infanto-juvenil.

“Perder Teorias”, de Enrique Vila-Matas (Teodolito). Convidado para um congresso internacional em Lyon, um duplo do escritor Enrique Vila-Matas fica abandonado no seu hotel. Compra um exemplar da revista “Magazine Littéraire” dedicada a Julien Gracq e elabora uma teoria geral do romance. Quando regressa a Barcelona, descobre a inanidade de todas as teorias literárias.

“Maldito Seja Dostoiévski” de Atiq Rahimi (Teodolito). Novo romance do autor que foi Prémio Goncourt em 2009.

“O amante é sempre o último a saber”, de Rui Zink (Planeta). Há três anos que o autor não publica nenhum romance. Os protagonistas são uma mulher poderosa e um professor de karaté – Teresa e Tano.

“A Torre de Vigia”, de Ana Maria Matute (Planeta). O primeiro volume de uma trilogia medieval da escritora catalã de 86 anos, vencedora do Prémio Cervantes 2010.

“Rixa de Gatos”, de Eduardo Mendoza (Sextante). Prémio Planeta 2010. Um perito de arte inglês chega de comboio à Madrid fervilhante de 1936. A sua tarefa é autenticar um quadro desconhecido, que pertence a um amigo de José Antonio Primo de Rivera, fundador da Falange, quadro cujo valor pode ser fundamental para apoiar uma mudança política em Espanha.

“Quarto de Jack” de Emma Donoghue (Porto Editora). Um dos finalistas do Man Booker Prize 2010. História de um amor que sobrevive a circunstâncias aterradoras, e da ligação que une mãe e filho.

“O Filho do Desconhecido”, o novo romance de Alan Hollinghurst (D. Quixote). Está nomeado para o Man Booker Prize 2011 que será atribuído em Outubro. No final do Verão de 1913, o jovem poeta aristocrata Cecil Valance vai passar o fim-de-semana a Two Acres, a casa da família do seu amigo e colega de Cambridge, George Sawle. Será um fim-de-semana de agitação e tumulto para toda a família Sawle, mas vai ser em Daphnee, a irmã de dezasseis anos de George, que esse impacto será mais duradouro, pois Cecil escreve-lhe um poema que se torna num marco para toda uma geração, uma evocação de uma Inglaterra prestes a mudar para sempre.

O segundo livro de memórias de Carlos Brito “Tempo de Subversão, Páginas Vividas da Resistência”, sairá nas edições Nelson de Matos.

“Em Casa”, de Bill Bryson (Bertrand). Bill Bryson passeia por sua casa e reflecte sobre como objectos que usamos todos os dias – gelo, livros de cozinha, vidros das janelas, sal e pimento – transformaram a maneira como vivemos.

“Esteja Eu Onde Estiver”, de Romana Petri (Bertrand), a autora italiana de “A senhora dos Açores”.

“A Menina é Filha de Quem?”, de Rita Ferro (D. Quixote). A autora ficciona as suas memórias pessoais num romance intimista onde conta as suas origens e a sua história familiar.

“As Mulheres dos Ditadores”, de Diane Ducret (Casa das Letras). São elas : Inessa, Clara, Nadia, Magda, Felismina, Jiang Qing, Elena, Catherine… E eles: Lenine, Mussolini, Estaline, Hitler, Salazar, Mao, Ceausescu, Bokassa.

“Nagasáqui”, de Eric Faye (Gradiva). A obra que recebeu o Grande Prémio de Romance da Academia Francesa.

“Life”, a autobiografia de Keith Richards (Cavalo de Ferro). Os bastidores de uma das mais famosas e carismáticas bandas musicais da história, os Rolling Stones. Sexo, droga, e rock ‘n’ roll.

“Longe é um Bom Lugar”, de Mário Zambujal (Clube do Autor), novo livro de contos.

“O Crepúsculo de um Ídolo” de Michel Onfray (Objectiva). Um livro que em França criou uma polémica por pôr em causa a obra de Freud.

“A Purga”, de Sofi Oksanen (Alfaguara). Foi um dos mais disputados livros da Feira do Livro de Frankfurt do ano passado e venceu o Prémio Europeu de Literatura.

“Invencível”, de Laura Hillenbrand (Caderno). Um épico sobre a Segunda Guerra Mundial, que culmina uma investigação de sete anos, narra a história de um herói de guerra norte-americano, ex-corredor de fundo, que foi abatido sobre o Pacífico e posteriormente preso pelos japoneses.

“As Nuvens e o Vaso Sagrado” de Maria Filomena Molder (Relógio d’Água). Um novo ensaio.

“A Chegada de Twainy”, de Hélia Correia (Relógio d’Água). Conto infantil ilustrado por Rachel Caiano.

“Poesia Completa” de Dylan Thomas (Relógio d’Água).

“Auto-Ajuda” da escritora norte-americana Lorrie Moore (Relógio d’Água).

“Era Uma Vez Uma Mulher Que Queria Matar o Bebé da Sua Vizinha”, de Liudmila Petrushevskaia (Relógio d’Água).

“O gene da Dúvida” de Nikos Payotopoulos (Ulisseia). Romance sensação no seu país e rapidamente traduzido em 14 países. A história de um futuro próximo em que um cientista isola o gene do génio e as editoras e outros agentes culturais exigem que os artistas façam o teste mas há um grupo que se recusa a fazê-lo.

“Zero”, de Ignácio de Loyola Brandão (Ulisseia). Obra-prima da literatura de língua portuguesa. Publicado originalmente em 1975, em plena ditadura brasileira, foi apreendido e queimado e só deixou de estar proibido em 1979, altura em que se tornou um dos romances brasileiros mais vendidos de sempre.

“Uma Parte do Todo”, de Steve Toltz (Ulisseia). Finalista do Booker em 2008 e do Guardian First Fiction Award. Saga familiar que se passa na Austrália ao longo de 100 anos.

“A Visita do Médico Real”, de Per Olov Enquist (Ahab), que é considerado o melhor autor sueco contemporâneo. Romance que se passa no Reino da Dinamarca no final do séc. XVIII, sobre a relação triangular entre um rei demente, o seu médico real e a rainha. Recebeu o August Prize, o Independent Foreign Prize e o Prix du Meilleur Livre Étranger.

“Memórias da II Guerra Mundial”, de Winston Churchill (Texto). O livro que valeu o Prémio Nobel da Literatura ao político britânico, em 1953, editado na versão condensada dos cinco volumes.

“O Bom Jesus e Cristo, o Patife”, de Philip Pulman (Teorema). O polémico romance do escritor britânico, autor da trilogia Mundos Paralelos, onde este escreve que a Virgem Maria teve Gémeos: Jesus e Cristo. O autor foi alvo de várias ameaças por retratar Deus como um patife, senil e impotente e caracterizar a Igreja Católica como uma burocracia. Jesus é um orador apaixonado e carismático, que acredita que o reino de Deus está iminente, ao contrário do perturbado irmão que acabará por demonstrar não ter escrúpulos e trairá Jesus.

“O Anjo Perdido”, de Javier Sierra (Planeta). Depois de oito anos sem escrever nenhum romance, este livro marca o regresso do escritor espanhol à ficção.

“Poesia” de Daniel Faria (Assírio & Alvim) Uma edição de Vera Vouga.

“Na Margem da Alegria — Antologia Poética”, de Ruy Belo (Assírio & Alvim). Escolha de Manuel Gusmão.

“Como se desenha uma casa”, de Manuel António Pina (ed. Assírio & Alvim). Poesia inédita.

“O pássaro da cabeça e mais versos para crianças”, de Manuel António Pina (ed. Assírio & Alvim).

“Igreja e Sociedade Portuguesa — do liberalismo à República” de Manuel Clemente (ed. Assírio & Alvim).

“O Destino das Imagens” de Jacques Rancière (Orfeu Negro). Artigos e conferências de Jacques Rancière. Parte das filmografias de Bresson e de Godard, e das reflexões estéticas de Deleuze, Adorno e Lyotard, para questionar o estatuto da imagem na arte contemporânea.

“A Escavação” de Andrei Platónov (Antígona). É a primeira tradução portuguesa de um livro de Platónov. Obra profundamente simbólica, foi escrita em 1930 e somente publicada na Rússia em finais dos anos 80, devido à censura.

“Fall River e outros contos dispersos” de John Cheever (ed. Sextante). Um mundo de penhoras forçadas, de pessoas arruinadas, de espectáculos de cabaré, de jogadores desesperados, de esperanças adiadas.A descoberta de uma nova dimensão da obra de John Cheever.

“Continuar a tentar pensar” de São José Almeida (ed. Sextante). Com prefácios de Maria José Casa-Nova, Ana Benavente, João Rodrigues e André Freire.

“O Obelisco” de Howard Gordon (ed. Sextante). Livro do produtor executivo da série “24″.

“Macedo – Uma biografia da infâmia” de António Mega Ferreira (ed. Sextante). “Na transição do século XVIII para o século XIX, Macedo é o sintoma de uma doença, talvez a chaga mais visivelmente purulenta de um mal que roía o corpo social do país, entre o estertor de um regime antigo e as dores de parto de qualquer coisa de novo. É porque foi, ou quis ser, poeta, pregador, panfletário, político – e porque o foi, com prolixidade e brilhantismo estonteantes – que Macedo se tornou a efígie do desconcerto de uma época que contém em si duas ou três vidas da história de Portugal”.

“Uma Vasta e Deserta Paisagem”, Kjell Askildsen (Ahab). “Com este volume de contos inquietante, damos continuidade à publicação das obras deste grande autor norueguês. Um dos temas recorrentes de Askildsen é a inevitável solidão e vulnerabilidade dos homens. Em poucas páginas ele consegue descrever as tragédias da vida quotidiana, mostrando as brechas que se abrem no âmago das personagens. Em ‘Uma Vasta e Deserta Paisagem’, Askildsen mostra-nos a vida tal como ela é; e a ironia e o humor profundamente cínico que atravessam os contos enredam o leitor como cúmplice involuntário da dissecação, com bisturi, da psique do homem moderno.”, diz a editora.

Créditos: Ciberescritas 

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