domingo, 16 de outubro de 2011

Hoje quem manda? Sou eu!

(imagem retirada da internet)


Crias à venda


Um lojista estava a colar na porta da sua loja um cartaz onde se lia «Crias à Venda». Cartazes como esse têm o poder de atrair crianças pequenas e, na verdade, um garotinho apareceu sob o cartaz do lojista.

- Por quanto vai vender as crias? – perguntou.

O dono da loja respondeu:

- Entre 30 a 50 dólares.

O garotinho enfiou a mão no bolso e tirou uns trocos.

- Tenho 2,37 dólares – disse ele. Posso dar uma olhadela?

O dono da loja sorriu, assobiou e, do canil, saiu Lady, que veio pelo corredor seguida de cinco pequeninas e miúdas bolinhas de pêlo. Uma das crias tinha ficado consideravelmente para trás. Imediatamente, o garotinho indicou a cria atrasada, que se movia com dificuldade, e disse:

- O que é que tem aquele cachorrinho?

O dono da loja explicou que o veterinário o tinha examinado e descobrira que ele não possuía uma articulação do quadril. Iria coxear para sempre. Seria defeituoso para sempre. O garotinho ficou animado.

- Este é o cachorrinho que quero comprar.

O dono da loja disse:

- Não, não podes comprar este cachorrinho. Se realmente o queres, eu dou-te.

O garotinho ficou muito aborrecido. Olhou directamente nos olhos do dono da loja, com o dedo em riste, e disse:

- Eu não quero do senhor um presente. Aquele cachorrinho vale exactamente tanto como os outros e eu pagarei o preço real. Na verdade, eu dou-lhe 2, 37 dólares agora, e cinquenta centavos por mês, até que tenha pago tudo.

O dono da loja opôs-se:

- Não queres realmente comprar esse cãozinho. Ele nunca será capaz de correr, saltar e brincar contigo como os outros.

Perante isso, o garotinho baixou-se e enrolou a perna da calça, revelando uma perna esquerda gravemente deformada e aleijada, amparada por um grande aro de metal. Olhou para o dono da loja e replicou suavemente:

- Bem, eu também não corro tão bem, e o cachorrinho precisará de alguém que compreenda isso!
                                                                                                                                     


                                                                                                                                             Dan Clark
          (Retirado do livro Canja de galinha para alma2002, p. 63 e 64, de Jack Canfield e Mark Victor Hansen)


Às vezes desprezamos as pessoas com quem convivemos todos os dias, por causa dos seus "defeitos", quando na verdade somos tão iguais ou pior do que elas. Desconsideramos que essas mesmas pessoas precisam apenas de alguém que as compreendam e as amem, não pelo que elas poderiam fazer, mas pelo que realmente são. Amar a todos é difícil, mas não impossível.

Hoje quem manda sou eu! Amanhã quem será? Será que chegou à sua vez?
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