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Deixando para trás o nosso trabalho!
Como se sente agora?
Um desconhecido na sua própria comunidade?
Ou um Incapacitado numa sociedade desconhecida?
13h:45m Precisamente! Sento-me, prato à minha frente, comando na mão, é hora de estar actualizada, mesmo que, com isso, corra o risco de sentir uma indigestão. Transtornada com a camuflagem de informação, e irritada com a cor laranja da camisola da jornalista que apenas realça a sua palidez, mudo para um dos poucos canais onde a informação soa-me real! RTP2!
Primeira garfada, os espinafres com azeite são uma boa combinação de ómega 3, ferro, fibra, clorofila, tudo isso a pensar numa desintoxicação hepática! Vejo o programa e o tema de hoje está relacionado com a Emigração. Com tantas peripécias, os jovens adultos falam em emigrar. Neste momento o fluxo migratório não acontece em alguns distritos, mas sim em todas as regiões do País!
Para começar, desde sempre os açorianos sentiram a necessidade de evoluir em sociedades com maior dimensão, onde as suas ideias podem fluir à medida que aumentam as suas competências. Por isso, grande parte dos Jovens estudantes não regressa à sua terra e permanecem nos distritos onde viveram nos seus tempos académicos (migração interna). A constante informação, marketing, as inter-relações humanas são mais exacerbadas do que nos Açores! Assim são os comentários!!!E do mesmo se queixam os Continentais que abandonam Portugal! Então, por onde ficamos? Afinal o que nos pode beneficiar o deixar a nossa “terrinha”? E quais os Problemas que podem causar a Portugal se a maioria dos “capacitados” emigrarem? Será que não estamos a perder boas “ferramentas”?
O peixe Veja é muito saboroso, lamento que seja acompanhado com tanta espinha, logo agora que tenho de me apressar! Arranjar estacionamento gratuito não é fácil! Tenho que tirar cerca de 20 minutos da hora de almoço para procurar o parque mais próximo do serviço! Lavo as mãos com o sabonete de alfazema biológico, recordo-me que outrora alguém me dissera que a alfazema e o jasmim eram utilizados nos primórdios para unir casais e que a alfazema despertava certos sentidos aos senhores quando suas amadas tocavam nessa planta. Tanta informação ideal para fazer uma sessão de aromaterapia em casa! Passo o fio dental, escovo os dentes e finalmente o batom. A caminho do carro, tento recordar-me da definição de Emigração e imagino-me com um Italiano sofisticado, mas desengano-me logo de seguida, pois a crise não ocorre apenas em Portugal, mas sim é um problema Mundial!
Emigrar significa que quem o pratica dá-se à tristeza de deixar para trás seus familiares, seus amigos. Aspiram factores de atracção, tais como: melhores condições de trabalho, insistem no respeito Humano e buscam o “Euro milhões” sem ter de tirar 2 euros todas as semanas em troca de um papel que diz: “ Sem Prémio”! Emigrar significa apostar nas suas qualidades de Ser Capacitado e Inteligente e afirmar-se nas multinacionais!
O emigrado ganha um diferencial positivo nas áreas da educação, saúde, formação profissional e rendimentos, estes tendem a ser superiores ao do seu país de origem o que, por si só, aumenta a capacidade de adaptação, tendo muitos o acesso a um sucesso plausível dentro do seu mercado de trabalho! Estes factos são contabilizados desde há muito, já no Tratado de Maastricht em 1993 (um passado recente), verificou-se uma perda acentuada de mão-de-obra portuguesa para a Suíça, Canadá, Austrália, Marrocos. Porém, os Portugueses tendem a ignorar um facto social de extrema importância, que os pode excluir dessas sociedades de cor azul-turquesa! Não quero aqui menosprezar os esforços das comunidades portugueses nos respectivos países que de tudo fazem para apelar pelos direitos dos migrantes, quero sim, referir que existem milhares de Portugueses que infelizmente a sua única aprendizagem foi a de um idioma novo, pois a sua situação financeira não melhorou em nada!
Existe um problema palpável, o da xenofobia, o sentido de competição entre as etnias e de repulsa que os povos sentem ao receber um novo “elemento desconectado” em suas vidas! Para além desse medo de perderem os seus postos de trabalho por mão-de-obra barata, origina sim uma dispersão geográfica, tanto no país de destino como no país de origem, provocando entre ambos pontos, em determinadas regiões, um aumento do desemprego, zonas de habitação empobrecidas, aumento da criminalidade e zonas com uma industrialização parada, enquanto outras zonas e nações se encontram com um desenvolvimento multinacional a contrastar com o excesso de “poluição Humana”!
No nosso caso, Portugal fica cada vez mais grisalho! Esperando as migalhas das ditas verbas que circulam “algures” e a pedir aos reformados emigrantes as suas reformas para que de algum modo o dinheiro circule entre nós!
Aguardamos então a heterogeneidade das populações e que os futuros estudantes percebam que em Portugal existe muita matéria-prima a ser reutilizada, dando a conhecer aos outros a qualidade do que é nosso! O Empreendorismo tem que ser urgentemente praticado “cá dentro”! Esta atitude não cabe só aos “grandes”! Praticamente funciona como os livros de auto-ajuda que nos transforma em espécies poderosas até ao ponto de influenciar todas as energias do homem e dos objectos facilitando o nosso dia-a-dia, tal como o espaço que está livre para eu estacionar! Que bom!
-Que bom é ser Português!
(- Sapatos? -…sei! São para os pés e ponto.)
Marisa Leonardo
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MEIO CRESCENTE - Ideias em movimento!
Concordo e discordo :) em muito melhorou a minha vida em ter emigrado... o k deixa saudade e so a familia, de resto nao anseio viver em Portugal. lembro-me de ter k esperar ate ao fim do mes para pagar as contas e daki 3 ou 4 dias ja precisar de dinheiro :S nao tenho saudades nenhumas desse tempo! e bom sim ser portugues mas hoje em dia axo k ja nao e bom viver em portugal,axo tb k so pensa k e bom quem nunca viveu noutro pais e conquistou uma vida totalmente diferente com opurtunidades que Portugal agora nao consegue dar. bj Mariza :)
ResponderEliminarQue hei-de dizer.. Concordo com tudo! Fizeste o retracto actual da nossa sociedade tal e qual como ela é, tendo em conta o tema. É verdade que as pessoas geralmente tendem a ter uma ambição por uma vida melhor o que faz com que emigrem procurando novas e melhores formas de vida ou também há aquelas que gastam o que têm e o que não têm, contraindo empréstimos, empobrecendo o país e consequentemente uma forma de vida que, pelos acontecimentos actuais, as pessoas não gostam. Não gostam mas também não pensam no que está mal e como o corrigir..só gostam é de falar mal dos políticos (que não deixam de ter muita culpa pois fazem o mesmo!).
ResponderEliminarConcluindo é tudo uma bola de neve.. A vida vai bem, não há problemas, não há dívidas, não há emigração, as pessoas deslumbram-se começam a gastar..dá porcaria. Dá porcaria, a vida começa a correr mal, há problemas, há dívidas, há emigração. Vão querer voltar outra vez à boa vida, tem que haver sacrifícios...e voltamos ao inicio do ciclo.
Também foi bom aprender algumas aplicabilidades da alfazema e do jasmim, pode sempre dar jeito.. e conhecimento nunca é de menos!
Um que vale por mil!!!
1 Usar o parque de estacionamento e as serginhas,
ResponderEliminar2 - Levar o almoço para o trabalho.
3 - Migração nos arquipélago forçada pelas politicas regionais de concentrar TUDO na ilha mais povoada.
4 - Empreendorismo quem não tiver pilim fica na mesma, já que a propaganda governamental éw bastante enganosa, já para não falar da burocracia para se inscrever no programa, como ainda da burocracia que o programa obriga a desenvolver.
Gostei da leitura que fizeste da emigração...smp atenta e perspicaz...
ResponderEliminarSem dúvida que a emigração está a voltar em força ao nosso país...segundo dados do Correio da Manhã: "Em apenas dois anos o números de portugueses inscritos nos consulados aumentou em 324 mil", dando uma média de 408 portugueses a emigrar diariamente...é para assustar? não sei, infelizmente as condições do país não são as melhores, mas tb na restante europa a coisa não está melhor...mas o tal ideal de emigrar como forma de melhorar, está entranhado no sangue lusitano...o fluxo migratório português dos anos 60 mostra que os portugueses saíam de Portugal em busca de uma vida melhor, é verdade que comiam o "pão que o diabo amassou", mas realmente melhoravam as suas condições...infelizmente eram vistos como cidadãos de segunda...sem terem o msm tratamento que os locais...
Emigrar não é fácil...deixar os seus e irem em busca do desconhecido, mas a necessidade de melhorar é mais forte que o medo...
Espero que a situação do país melhore e que nao deixemos sair tanto jovem do nosso território, pois assim estamos a pôr em causa o desenvolvimento sustentado de Portugal...é necessário mudar de políticas económicas e incentivar a industria, senão daqui a uns anos seremos tdos "grisalhos" e sem população para continuar este país...teremos grandes portugueses a serem respeitados além-fronteiras e isso é negativo...apostemos no que é nosso e na nossa evolução!
Respondendo: Primeiro quero mandar um olá especial para a Cátia, obrigada novamente por comentares as minhas crónicas! Fico verdadeiramente contente que a vida por aí esteja a correr-te bem no entanto tenho que mostrar a outra face da moeda, por isso é um tema em aberto!
ResponderEliminarCarlos, gostei imenso do teu comentário, e sim há que fazer sacrifícios, no entanto não nos podemos esquecer de uma minoria (independentemente de quantos milhares) que sempre viveram com pouco e com o aumento dos preços é muito difícil poupar! Vivam com pouco devido á falta de oportunidades e á pobreza de espírito, mas tal como referes e muito bem, há os que gastam o que não têm! E para melhorar essa questão, primeiro deverá iniciar o bom senso!
Sr. Anónimo, 1º Existe outros motivos que leva por vezes os trabalhadores a não utilizar as ditas “serginhas”, carga horária, distância etc… no entanto, a minha intenção para além de falar nos Açores é tentar que os leitores ( sendo a maioria do Continente) se identificam de alguma forma com as circunstancias apresentadas ao longo da crónica e nas futuras! No entanto, guardarei as suas sugestões.
2ª Quanto ao eenpreendorismo, talvez não seja tão linear dessa forma, embora concordo consigo, de facto temos demasiada burocracia! Porém convido-o a visitar o blog do Dr. Rui Oliveira, um açoriano que começou do zero! http://conselhosfinanceiros.wordpress.com/
3º Agradeço os minutos que disponibilizou para a minha crónica e espero que continuo a criticar-me nas próximas, pois é dessa forma que todos nós aprendemos!
Caro, Dr. Francisco, De facto é essa a essência do texto apresentado, sublinhei a ideia de que para a condição do País avançar necessitamos que os jovens permanecem com a sua força e inteligência! Adorei o comentário! :)
Gosto da "mistura" do tema em mãos: emigração, alimentação, cuidados pessoais e stress diário para arranjar estacionamento. Penso eu que serve para mostrar o fluxo da corrente do teu pensamento. Dá um toque muito "imediato" à crónica. No entanto, sugeria que não abusasses muito disso pois podes perder os teus leitores mais desatentos/despistados. Mas lá está, eu gosto! Podias também ter falado (no fim) nos muitos que emigram, na esperança de uma vida melhor, mas que voltam anos depois ainda pior do que voltaram, de mãos a abanar e sem uma coisa essencial: esperança. Keep up the good work Marisa.
ResponderEliminarbjinhos e fica bem!
Olá João, agradeço a tua crítica construtiva. Quero referir aqui mais uma alínea da migração. Vou aproveitar a tua frase, dos que voltam sem esperança! Pois não só no âmbito dos que não alcançaram o sucesso, mas também para os que aumentaram as suas competências de trabalho e intelectuais.
ResponderEliminarPor vezes as pessoas desistam porque sentem a falta das suas raízes e nesse contexto igualmente o imigrante sente uma frustração ao regressar ao país de origem, pois não consegue transferir os seus conhecimentos, visto que a sociedade não está preparada para tal!
E João…I Will think on your suggestions! :)
Ola querida Marisa.
ResponderEliminarConcordo plenamente com o k dizes mas neste momento o nosso pais nao nos esta a dar nenhuma oportunidade,sou emigrante e realmente tenho muitas saudades de tudo no nosso pais mas porque foi simplesmente tudo o k conheci a maior parte da minha vida e apesar de as saudades da familia amigos e de tudo o resto nao me vejo novamente em portugal antes da idade da reforma!!!!simplesmente porque onde estou tenho a estabilidade financeira k o nosso pais jamais me poderia dar dadas as minhas habilitacoes literarias!!!!nao tenho k chegar ao fim do mes a fazer contas,coisa k em potugal era muito dificil,realmente aconselho a emigracao para quem quer mesmo uma vida melhor,tenho pena k muitas pessoas nao tenho a coragem de o fazer porque vale mesmo a pena e se existem pessoas k nao conseguem fora do pais entao nao deram tudo o k tinham k dar para atingir esse objectivo,eu tambem conheco quem nao tenha conseguido mas porque deram tudo o k tinham k dar,temos k nos sujeitar a muito,pois temos,mas comecar de novo num pais diferente com uma lingua diferente nao poderia ser assim tao facil....nao me arrependo,na verdade dou gracas a Deus porque o fiz!!! pois hoje estou feliz onde estou com a minha familia e sim com muito esforco consegui melhorar a minha estabilidade financeira :-)))))
Estimada Micaela, és um dos casos de sucesso, pois conheço-o de perto! Teu testemunho será válido para quem pensa em Emigrar! Espero que esta crónica apresentada, possa por em causa tudo o que de bom e de mau acontece ao Emigrante e Imigrante, para que cada um possa escolher com consciência!
ResponderEliminarDevo novamente acrescentar, outra questão da emigração, muitos infelizmente são obrigados a emigrar quando ocorre catástrofes, esses já não terão a possibilidade de escola e normalmente levarão muitos anos até conseguirem alguma autonomia no país de acolhimento! Esta é uma das muitas facetas das migrações!