(imagem retirada da internet)
Desenvolvimento da fala
O desenvolvimento da fala, incluída na vasta área da linguagem (que se sabe ser visual, corporal, expressiva e até invisível) é um processo de uma enorme complexidade, e ainda não inteiramente compreendido.
A linguagem só se encontra bem desenvolvida nos humanos. Embora todos os animais (e até as plantas) comuniquem entre si, todas as formas que possam encontrar, por muito eficazes, são muito rudimentares e básicas comparadas com a comunicação humana.
Desde o primeiro dia que o bebé se tenta expressar através da comunicação verbal, mesmo para lá do choro. E desde antes de nascer que o bebé ouve esta estranhíssima coisa que é a voz humana e as palavras dos vários idiomas. Ouve tons e sons, timbres e melodias, o canto dos pais.
Ouve vozes cansadas, felizes, agressivas e tranquilas. E percebe que, um dia, terá de falar. Mas só quando alguns fatores se tornarem prementes:
- a necessidade, para obter coisas;
- a comunicação, para contar coisas;
- o gosto de falar por falar, embalando-se na melodia das palavras, como se de uma música se tratasse.
Embora, dia após dia, desde que nasce, o bebé tenha estado a gravar tudo o que ouviu, e a organizar dicionários, gramáticas e prontuários, dentro da cabeça, só carregará no botão do play quando for necessário, gostoso e forçoso.
A linguagem verbal, ou fala, é um fenómeno muito complexo. Para dizer uma coisa temos que pensar nela, arquitetar a frase, escolher as palavras, emiti-las. Temos que recorrer a símbolos como expressão do pensamento. Tudo isto numa fração de segundos. Para expressar emoções, sentimentos, ideias, valores, factos e pensamentos.
Falar implica ouvir, processar o que se ouve, e replicar, expressando as palavras certas através da articulação de músculos, tendões e entrada e saída de ar.
Instintivamente, os pais falam com os bebés. Muitas vezes mudam de tom de voz, tornando-o mais agudo, como se fosse o bebé a pedir essa musicalidade. E os bebés entendem uma quantidade enorme de sons, aprendem a imitá-los, a dar-lhes significado e a compô-los de modo a enquadrarem-se numa estrutura gramatical.
As primeiras palavras com sentido são geralmente ditas cerca do ano de idade mas, por exemplo, só aos dois anos usará pronomes e aos três/quatro os adjetivos.
Créditos: Revista Pais&Filhos
Brevemente Parte 3
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